Arquivo mensal: janeiro 2010

Na Amazônia equatoriana, Parque Nacional Yasuní é campo de batalha entre a biodiversidade e o petróleo, por Henrique Cortez

Parque Nacional Yasuní. Foto de Bejat McCracken
Parque Nacional Yasuní. Foto de Bejat McCracken

[EcoDebate] Uma equipe de cientistas, doumentou que o Parque Nacional Yasuní, no centro da Amazônia equatoriana, é uma das florestas mais biodiversas do planeta, com uma grande variedade de plantas e grupos de animais.

O estudo [Global Conservation Significance of Ecuador’s Yasuní National Park] foi publicado na PLoS ONE reafirma informações que podem impulsionar o processo de proteção do Parque Nacional Yasuní, com destaque para a proposta do governo de ‘conservação remunerada’.

Os autores também concluem que os projetos de desenvolvimento,a partir da exploração de campos de petróleo, representam a maior ameaça à Yasuní e sua biodiversidade.

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Pesquisadores identificam impactos ambientais significativos das algas para biocombustíveis, por Henrique Cortez

Unidade de produção de algas na Flórida, EUA. Foto: PetroAlgae
Unidade de produção de algas na Flórida, EUA. Foto: PetroAlgae

[EcoDebate] Com muitas empresas investindo pesadamente em biocombustíveis à base de algas, pesquisadores da Universidade da Virgínia, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, descobriram que há importantes obstáculos a superar antes do massificar a produção deste tipo de combustível. Eles propõem a utilização de águas residuais, como uma solução para alguns desses desafios.

A pesquisa [Environmental Life Cycle Comparison of Algae to Other Bioenergy Feedstocks], publicada na revista Environmental Science & Technology, demonstra que a produção de algas consome mais energia, tem maiores níveis de emissões de gases com efeito de estufa e utiliza mais água do que outras fontes de biocombustível, como a switchgrass, canola e milho.

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Obesidade infantil pode aumentar risco de doenças cardiovasculares na fase adulta, por Henrique Cortez

obesidade infantil

[EcoDebate] Uma criança obesa , já aos 7 anos de idade, pode ter um significativo aumento do risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral na fase adulta, mesmo na ausência de outros fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão arterial. É o conclui um novo estudo [Obesity Without Established Co-morbidities of the Metabolic Syndrome is Associated With a Pro-inflammatory and Pro-thrombotic State Even Before the Onset of Puberty in Children] publicado na edição online da revista Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (JCEM), editada pela Endocrine Society .

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Novos estudos associam obesidade ao aumento do risco de carcinoma hepatocelular e AVC, por Henrique Cortez

[EcoDebate] A obesidade é um fenômeno a ser analisado em escala global, já considerado um problema de saúde pública nos EUA e Europa. Em razão disto, são crescentes as pesquisas que tentam identificar os potenciais riscos da obesidade à saúde.

Agora, duas novas pesquisas associam obesidade ao aumento do risco de carcinoma hepatocelular e AVC

A pesquisa “Dietary and Genetic Obesity Promote Liver Inflammation and Tumorigenesis by Enhancing IL-6 and TNF Expression”, publicada na revista Cell, de 22/01/2010, através de estudos epidemiológicos, concluiu que o excesso de peso ou obesidade está associada com maior risco de câncer. O efeito mais dramático da obesidade, no risco de câncer, foi notado em uma forma comum de câncer de fígado chamado carcinoma hepatocelular (CHC) .

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Sobrepeso na gravidez pode colocar as crianças em risco, por Henrique Cortez

[Ecodebate] Nos últimos anos, nos EUA, tem havido um grande aumento na prevalência de mulheres com sobrepeso e obesidade em idade fértil, com cerca de 51% dos mulheres não-gestantes, com idade de 20-39 sendo, estando classificadas como tendo sobrepeso ou obesidade.

Um novo artigo [Maternal Obesity : Consequences and Prevention Strategies] publicado na revista Nursing for Women’s Health conclui que a obesidade em mulheres grávidas está associada a complicações da gravidez, defeitos de nascimento, bem como um maior risco de obesidade infantil em crianças nascidas de mães obesas.

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Estudo confirma ligação do bisfenol-A(BPA) a doenças cardiovasculares em adultos, por Henrique Cortez

A exposição ao BPA pode ter efeitos nocivos para a saúde. O BPA é usado em embalagens de plástico, como garrafas plásticas, copos e potes
A exposição ao BPA pode ter efeitos nocivos para a saúde. O BPA é usado em embalagens de plástico, como garrafas plásticas, copos e potes. Imagem iStockphoto

[Ecodebate] Pesquisadores da Universidade de Exeter e Peninsula Medical School descobriram mais evidências de uma ligação entre a exposição ao bisfenol-A(BPA) e doença cardiovascular.

A pesquisa [Association of Urinary Bisphenol A Concentration with Heart Disease: Evidence from NHANES 2003/06] avaliou dados do estudo populacional NHANES 2005-2006, relativo aos EUA e seus resultados foram publicados pela revista online, PlosOne.

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Haiti, uma tragédia e algumas lições, por Henrique Cortez

Vista aérea do centro de Port-au-Prince, arrasado pelo terremoto. Foto: ONU/Logan Abassi
Vista aérea do centro de Port-au-Prince, arrasado pelo terremoto. Foto: ONU/Logan Abassi

Vista aérea do centro de operações da ONU em Port-au-Prince, logo após o terremoto. Foto: ONU/Logan Abassi
Vista aérea do centro de operações da ONU em Port-au-Prince, logo após o terremoto. Foto: ONU/Logan Abassi

[EcoDebate] Já muito se disse sobre a imensa tragédia humanitária que se abateu sobre o já frágil e debilitado Haiti, lamentavelmente o país mais pobre das Américas, mas, ainda assim, há muito que aprender com o desastre em si mesmo e com todos os problemas, erros e falhas no processo de reação ao terremoto.

Antes de entrar no assunto, propriamente dito, é necessário destacar, com toda a justiça e respeito, o sacrifício da própria vida de muitos que lá estavam em missão de paz. É o caso da Dra. Zilda Arns e de 15 militares brasileiros participantes da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). Além deles, também perderam a vida 300 funcionários da ONU, incluindo o tunisiano Hédi Annabi e o brasileiro Luiz Carlos da Costa , respectivamente o n° 1 e o n° 2 da missão da ONU, além de outros 19 militares das forças internacionais participantes da Minustah.

Lá estavam em missão de paz e é isto que deve, antes de tudo, ser destacado e valorizado. Doaram suas vidas na tentativa de ajudar, de apoiar e resgatar a dignidade e a qualidade de vida do povo mais sofrido das Américas. São verdadeiros heróis, no seu melhor e mais humano sentido.

A eles o nosso respeito e reconhecimento.

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Em questão os céticos do aquecimento global, por Henrique Cortez

[EcoDebate] Não existe resposta simples para problemas complexos e isto também é verdade em relação ao aquecimento global e as consequentes mudanças climáticas.

A ciência não é e não pode ser baseada em fé ou crenças consolidadas. O conhecimento científico se desenvolve ao longo do tempo, a partir de novas descobertas, melhores metodologias, instrumentos de análise e modelos matemáticos cada vez mais precisos e complexos.

O conhecimento científico relativo ao aquecimento global e as mudanças climáticas vem, ao longo dos últimos 10 anos, tornando-se cada vez mais consistente exatamente em razão deste processo de desenvolvimento do conhecimento.

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Estudo sugere que recifes de coral podem se recuperar dos danos das mudanças climáticas, por Henrique Cortez

recifes de coral. WWF
Foto: WWF

[EcoDebate] Um estudo realizado pela Universidade de Exeter fornece a primeira evidência de que os recifes de coral podem se recuperar dos efeitos devastadores das mudanças climáticas. O estudo [Marine Reserves Enhance the Recovery of Corals on Caribbean Reefs], publicado na revista PLoS ONE, mostra, pela primeira vez, que os recifes de coral localizados em reservas marinhas podem se recuperar dos impactos do aquecimento global.

Cientistas e ambientalistas têm alertado que os recifes de coral podem ser capazes de se recuperar dos danos causados pelas mudanças climáticas e que esses ambientes únicos poderão, em breve, ser ‘perdidos’ para sempre.

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Aquecimento do clima pode reduzir a absorção de carbono pelas árvores, por Henrique Cortez

floresta subalpina
Foto: Cooperative Institute for Research in Environmental Science

[EcoDebate] Um dos argumentos utilizados pelo ecocéticos das mudanças climáticas é que o aumento de CO2 na atmosfera seria benéfico às florestas, ao ‘adubar’ as árvores, permitindo o crescimento de sua massa vegetal.

Há quem, deliberadamente, misture crescimento de massa com aumento de área, para justificar o desmatamento crescente. No entanto, ao contrário destes argumentos, um novo estudo [Longer growing seasons lead to less carbon sequestration by a subalpine forest] sugere que as florestas subalpinas absorverão menos carbono em razão das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.

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